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Governo quer unificar informações

Publicado: Terça, 03 de Agosto de 2004, 14h27

JORNAL DO BRASIL | BRASIL | 03/08/2004

BRASÍLIA - O governo federal falta de interação entre as esferas de poder aumenta os custos da máquina e a burocracia recebe até o próximo dia 30 de agosto sugestões para melhorar a arquitetura do Programa de Interoperabilidade para Governo Eletrônico, mais conhecido como e-ping. O nome é complicado, mas o conceito é simples. O e-ping é um projeto que vai definir um padrão técnico mínimo de tecnologia para que órgãos do governo ''conversem'' entre si, com outras esferas de governo (estados e municípios), outros poderes (Legislativo, Judiciário e Ministério Público Federal), governos de outros países, empresas e terceiro setor. - Hoje, eles sequer sussurram - diz Renato Martini , diretor de infra-estrutura e chaves públicas do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação ITI ), vinculado à Casa Civil. Ontem, em Brasília, foi realizada a terceira audiência pública para ouvir a opinião da sociedade sobre o que vem sendo chamado de ''versão zero'' do projeto. Encontros similares ocorrerão Belo Horizonte, Rio e Recife, todos coordenados pelo ITI , Serpro e Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento. Até agora, uma das principais preocupações é com a segurança do sistema, principalmente com a adoção de redes sem fio. - O temor não é à toa, tendo em vista as denúncias recentes de espionagem de pessoas da cúpula do governo - diz o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna. As discussões passam também por temas que, a princípio, podem parecer óbvios, como o alinhamento de todos os sistemas com a internet e a adoção de navegadores. O gofalta de interação entre as esferas de poder aumenta os custos da máquina e a burocraciaverno está dando prioridade a sistemas abertos e que tenham escala. Além disso, a adesão, que inicialmente será gradativa, vai virar obrigatória após determinado momento. Santanna deu uma série de exemplos de como a falta de interação entre as esferas de poder aumenta os custos da máquina e a burocracia. Ele destacou que no Brasil os empresários levam, em média, 152 dias para regularizar os documentos de abertura de uma empresa, enquanto na Austrália são necessários apenas dois dias. Além disso, os cadastros sociais têm 260 milhões de pessoas registradas e não apenas 80 milhões, como deveriam. ''Em janeiro deste ano, um serial killer, acusado de matar diversas crianças no Rio Grande do Sul, foi preso e solto pela polícia do Paraná porque seus dados não constavam do Cadastro Nacional de Criminosos, o Infoseg'', completa Santanna.

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