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Projeto de interoperabilidade começa a ser discutido no País

Publicado: Terça, 17 de Agosto de 2004, 15h24

GAZETA MERCANTIL | TELECOMUNICAÇÕES & INFORMATICA | 03/08/2004 Gisele Teixeira Brasília, 3 de Agosto de 2004

 

- O e-ping fará com que os órgãos do governo "conversem" entre si. O governo federal recebe até o próximo dia 30 de agosto sugestões para melhorar a arquitetura do Programa de Interoperabilidade para Governo Eletrônico, mais conhecido como e-ping. O nome é complicado, mas o conceito é simples. O e-ping é um projeto que definirá um padrão técnico mínimo de tecnologia para que órgãos do governo "conversem" entre si, com outras esferas de governo (estados e municípios), outros poderes (Legislativo, Judiciário e Ministério Público Federal), governos de outros países, empresas e terceiro setor. "Hoje, eles sequer sussurram", diz enato Martini, diretor de infra-estrutura e chaves públicas do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação ITI), vinculado à Casa Civil. Ontem, em Brasília, foi realizada a terceira audiência pública para ouvir a opinião da sociedade sobre o que vem sendo chamado de "versão zero" do projeto. Encontros similares também ocorrerão em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Recife, todos coordenados pelo ITI , Serpro e Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento. Segundo as entidades envolvidas, essa aproximação é considerada fundamental para que os conceitos possam ser entendidos e aperfeiçoados pelos grupos técnicos. Até agora, uma das principais preocupações é com a segurança do sistema, principalmente com a adoção de redes sem fio. "O temor não é à toa, tendo em vista as denúncias recentes de espionagem de pessoas da cúpula do governo", diz o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna. Outro receio é quanto à sincronicidade de tempo do sistema, em especial em casos de leilões, o que deverá ser solucionado com a adoção do horário dos relógios de césio do Observatório Nacional. Mas as discussões passam também por temas que, a princípio, podem parecer óbvios, como o alinhamento de todos os sistemas com a internet e a adoção de navegadores. "Levando em conta o tamanho da máquina, não é tão simples assim", acrescenta Santanna. O governo está dando prioridade a sistemas abertos e que tenham escala. Além disso, a adesão, que inicialmente será gra-dativa, virará obrigatória após determinado momento. "Depois de tudo pronto, ninguém vai poder vender para o governo se não estiver adaptado aos nossos padrões", exemplifica o diretor. Santanna deu uma série de exemplos de como a falta de interação entre as esferas de poder aumenta os custos da máquina e a burocracia. Ele destacou que no Brasil os empresários levam, em média, 152 dias para regularizar os documentos de abertura de uma empresa, enquanto na Austrália são necessários apenas dois dias. Além disso, os cadastros sociais têm 260 milhões de pessoas registradas e não apenas 80 milhões, como deveriam. "Em janeiro deste ano, um "serial killer", acusado de matar diversas crianças no Rio Grande do Sul, foi preso e solto pela polícia do Paraná porque seus dados não constavam do Cadastro Nacional de Criminosos, o Infoseg", completa Santanna. Isso ocorre, segundo ele, porque o Brasil convive com uma série de soluções, construídas em épocas diferentes. Algumas são até boas, mas muito antigas. "É preciso montar um esquema para que se possa ir atualizando tudo sem prejudicar os principais usuários e, o mais importante, garantir que esses dados possam ser acessados no futuro", diz. kicker: Até agora, uma das principais preocupações é com a segurança do sistema (Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 17)(Gisele Teixeira)

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