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IBM reforça investimento no Linux

Publicado: Quarta, 01 de Setembro de 2004, 00h00

VALOR ECONÔMICO | EMPRESAS & TECNOLOGIA | 01/09/2004

João Luiz Rosa De São Paulo Não é por acaso que a IBM é considerada a mais ativa patrocinadora do Linux, o sistema de código aberto que concorre com o Windows, da Microsoft. No Brasil, depois de abrir dois laboratórios dedicados ao desenvolvimento do software no ano passado - um em Campinas (SP) e outro em seu quartel general, em São Paulo -, a IBM assinou, ontem, um acordo para montar um centro de referência sobre o sistema aberto em Brasília. O acordo coloca em prática o que estava previsto em uma carta de intenções firmada com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, em outubro do ano passado. Além do Linux, desta vez a IBM quer reforçar o apoio aos softwares aplicativos que funcionam sobre o sistema, cujos códigos são abertos e estão disponíveis na internet. O Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento (CDTC), como foi batizado o projeto, será instalado na Universidade de Brasília. Além de um laboratório, as instalações vão contar com sala de aula, biblioteca e call center com 12 profissionais para atender às dúvidas dos usuários de Linux. No local também será instalada a infra-estrutura de hospedagem de um portal na internet especializado sobre o assunto. O investimento no CDTC será de US$ 1 milhão.. O centro deve ser completado em dois meses, mas bem antes disso - a partir do dia 8 -, a IBM pretende iniciar as atividades. "O ponto zero será o treinamento de 700 pessoas", diz Saulo Porto, gerente de relações governamentais da multinacional no Brasil. O treinamento tem duração de duas semanas e será dirigido, nesta fase, a funcionários dos Núcleos de Tecnologia Ambiental (NTEs), uma rede de 325 postos mantidos pelo governo com o objetivo de dar apoio às escolas públicas. Além disso, a IBM vai treinar mais cem pessoas por meio de seminários, em Brasília. Em uma fase posterior, o plano da IBM é estender os serviços prestados para profissionais de empresas privadas, principalmente companhias de pequeno e médio portes. O portal terá acesso livre a qualquer usuário. No projeto do centro de referência, a IBM contou com o acompanhamento do Instituto de Tecnologia da Informação (ITI). Sérgio Amadeu, presidente do ITI, órgão vinculado à Casa Civil, é um dos principais defensores da adoção do software de código aberto no administração pública. O governo Lula tem feito um grande esforço para migrar seus sistemas para o Linux. O ITI já divulgou a meta de "converter" 80% das instalações de Windows existentes no governo para o Linux no período de três anos. A Microsoft afirma que apenas 6% de sua receita no país baseia-se em contratos com o governo, mas vem se mostrando preocupada com o que Emilio Umeoka, presidente da subsidiária brasileira, chamou no início do ano de possíveis "decisões radicais", referindo-se às mudanças na legislação das licitações que vêm sendo discutidas em Brasília. Como os órgãos públicos e empresas estatais relacionam-se com uma enorme rede de companhias privadas, a Microsoft teme uma espécie de "contaminação". Em meio a essa disputa tecnológica e comercial, grandes multinacionais, algumas delas rivais históricas da Microsoft, como Sun e Oracle, têm ampliado seu apoio ao Linux. A IBM, maior companhia de computadores do mundo, tem produtos que "rodam" em vários sistemas operacionais, mas tem sido enfática na promoção do software aberto. "Temos de seguir a tendência do mercado", argumenta Porto. No Brasil, a receita com a venda de licenças relacionadas ao Linux aumentou 45,25% no ano passado e a de serviços, 9,19%, segundo o instituto de pesquisa IDC. A receita total foi de US$ 13,1 milhões. No mesmo período, o movimento do mercado brasileiro de software aumentou 4,39% e o de serviços de TI caiu 9,86%.

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