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Governo economiza R$ 28,5 milhões com software livre

Publicado: Sexta, 08 de Outubro de 2004, 00h00

GAZETA MERCANTIL | TELECOMUNICAÇÕES & INFORMÁTICA | 08/10/2004

Brasília, 8 de Outubro de 2004 - Esse foi o resultado em 15 órgãos públicos que adotaram o sistema. O governo federal conseguiu uma economia, em um ano, de R$ 28,5 milhões, ao não pagar pela aquisição de licenças de uso de softwares proprietários. Esse resultado foi obtido por apenas 15 empresas da Administração Pública Federal, que nos últimos 12 meses substituíram esses programas e sistemas de computadores por similares em código aberto, os chamados softwares livres. O anúncio foi feito ontem pelo presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) Sérgio Amadeu da Silveira, ao fazer um balanço da implantação do software livre nos ministérios e órgãos vinculados do Poder Executivo. Amadeu também comparou os custos dos sistemas abertos com os programas proprietários na Administração Federal. No último ano, os órgãos que migraram para o software livre gastaram apenas R$ 768 mil com a formação de pessoal habilitado em sistemas como o Linux. Amadeu explicou que se os órgãos públicos e estatais tivessem comprado os programas proprietários, o governo teria desembolsado R$ 24,8 milhões na compra dos softwares ou renovação de licenças. Esse custo de formação de pessoal também poderá ser reduzido em breve, pois a Escola Nacional de Administração Pública passará a ministrar cursos para o funcionalismo público na área de software livre, em substituição aos cursos promovidos por empresas privadas. Numa pesquisa feita pelo Comitê de Implementação do Software Livre, presidido por Sérgio Amadeu , a maioria dos 88 órgãos (74%) que respondeu os questionários disse que um dos maiores empecilhos enfrentados para o avanço do software livre em suas unidades é a formação do pessoal. "O item capacitação é o maior problema para implementar o software livre", afirmou Amadeu. Entretanto, os gestores também responderam que estão investindo mais nessa questão de formação de mão-de-obra para tornar viável o projeto no médio prazo. Cerca de 68% dos órgãos públicos informaram ter mobilizado sua equipe técnica para conhecer o software livre e, desse total, 38% treinaram pessoal para adotar a nova solução. Pouco mais da metade dos órgãos federais (52%) afirmam ter técnicos com conhecimento que varia do básico ao avançado em administração de redes na nova plataforma, e 60% das equipes têm conhecimento das ferramentas disponíveis na área. No desenvolvimento de sistemas em código aberto, 52% dos órgãos garantem que dispõem de gente habilitada para a tarefa. A pesquisa mostrou também que as maiores dificuldades para a implantação do software livre dentro do governo ocorrem nos chamados "sistemas estruturadores". Basicamente são os sistemas geridos pelos mainframes (supercomputadores) utilizados pelas estatais Dataprev, Serpro e Datasus. O problema reside no fato de esses sistemas comportarem um número gigantesco de informações processadas, cujos sistemas são antigos e necessitam de mais tempo e dinheiro para que sejam encontradas soluções que substituam os programas proprietários pelos de código aberto, garantindo eficiência no processo de migração. Nessa área o governo teme fazer uma mudança brusca e perder sua capacidade de processamento em áreas sensíveis, como o pagamento das aposentadorias. A Previdência roda mensalmente folha de pagamentos de 25,5 milhões de beneficiários, com média de 5 milhões de impressões. Segundo o diretor do Serpro, Sérgio Rosa, a migração para o software livre na área de mainframes exigirá tempo e recursos, mas virá. Amadeu ressaltou que a economia do governo será aplicada em benefício da mudança de plataforma na computação de grande porte.

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