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Pressão governamental obrigou Microsoft a adotar padrão aberto

Publicado: Terça, 11 de Julho de 2006, 00h00

GAZETA MERCANTIL | TI - TELECOM | 11/07/2006

A Microsoft cedeu à pressão de governos em todo o mundo e adotou o padrão de arquivos aberto ODF (Open Document Format) para as aplicações de escritório que vende, entre as quais Word, Excel e Powerpoint. O padrão é apoiado principalmente por concorrentes como Sun Microsystems, IBM e Novell, além de um grupo de empresas menores. O gerente de estratégia de negócios da Microsoft, Alan Yates, veio ao Brasil para conversar com o governo brasileiro e explicar a novidade. Mas não se conteve na crítica ao padrão que acabava de abraçar. "Eles partiram do zero, como se não existisse algo anterior", afirmou. A lógica por trás da disputa era de o setor público não poder usar produtos proprietários e obrigar cidadãos à s mesmas aplicações para abrir documentos públicos. A Microsoft criou um produto que permite que os atuais usuários do Office abram arquivos compatíveis com o ODF e, ao mesmo tempo, salvem seus trabalhos nesse padrão aberto. A versão 2007 do Office terá esse recurso embutido no produto. A reclamação deriva da Microsoft já vir apostando em um padrão aberto próprio com os mesmos objetivos, o projeto OpenXML. Entretanto, o ODF tem avançado rapidamente no setor público desde que o estado americano de Massachussets determinou que não usaria mais aplicações que não trabalhassem com o padrão aberto. Diversos órgãos públicos no mundo todo aderiram e, no mês passado, os governos belga e dinamarquês resolveram adotar o ODF. Apesar de ter capitulado, a Microsoft ainda se mostra preocupada com o possível domínio irrestrito do padrão ODF. "Um único padrão não funciona", diz Yate. Após ter contato com o governo, ele também comentou que a abordagem brasileira mudou bastante com relação à questão do software desde o início da gestão Lula. "O governo brasileiro não tem hoje uma abordagem religiosa."(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 1)(Rogério Godinho)

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