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SecGov 2006: Félix diz que certificação digital é prioridade no governo

Publicado: Quinta, 07 de Dezembro de 2006, 15h49

CD Express | 27/11/2006
 
:: Luiz Queiroz :: Convergência Digital :: 27/11/2006

Para o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, ministro Jorge Armando Félix, não há como atribuir uma nota de zero a 10, para a questão da segurança da rede do governo. Entretanto, Félix disse que dentro do governo há setores que estão bem, outros não tão bem assim, evitando citar quais não estariam em plenas condições de Segurança da Informação.

O ministro garante que todos os esforços para garantir a segurança dos dados do presidente Lula estão sendo feitas pelos órgãos vinculados à Presidência da República. Também revelou que a certificação digital, embora não tenha avançado em todos os níveis hierárquicos dentro do governo, será priorizada em 2007. O Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência Da República, Jorge Armando Félix, participou da 2ª Conferência de Segurança para Governo (SecGov 2006), evento realizado em Brasília.

CD - De zero à 10, qual nota o senhor atribuiria para a segurança da rede do governo?

Jorge Félix - É difícil fazer uma média, porque essa média nós teríamos que ter uma ponderação do setor. O que é mais importante: Transporte? Energia? Telecomunicações? Água? Segurança? É difícil dar uma nota. O importante é que todos os órgãos, todas as estruturas estarem conscientes de seus problemas, terem a predisposição de resolvê-los. E nós, enquanto órgão na Presidência da República, não queremos ter nenhum papel executivo. Nem a Presidência da República executa, apenas articula e coordena. Quem executa são os ministérios, as agências, cada um dentro das suas esferas de atuação. Estamos muito ciosos no nosso papel de articular. Fazer não é nossa tarefa.

CD - Mas enquanto GSI, o senhor diria que a segurança das informações no ambiente do presidente da República estão resguardadas?

Jorge Félix - Fazemos o possível. Não é um trabalho só nosso, mas de toda a área de Comunicações da Presidência da República, vinculada à Casa Civil. Trabalhamos muito juntos e, desde o início do governo, nós temos essa preocupação que é a da Segurança da Informação, uma atribuição nossa. O fundamental, entre outras coisas, é a parte técnica, onde temos uma criptografia muito forte e equipamentos que permitem que essa segurança realmente aconteça. Mas fundamentalmente temos que criar essa mentalidade de Segurança da Informação. Na última sexta-feira (24/11), concluímos o quarta trabalho feito com diversos órgãos do governo e progressivamente a quantidade de interessados foi aumentando, no sentido de conscientizar as pessoas. Porque é aquela história: Você pode ter a melhor segurança, mas se o cidadão imprime uma informação, deixa na mesa e sai para tomar um cafezinho, todo aquele investimento vai por água abaixo, torna-se absolutamente inútil. Então, temos trabalhado muito os órgãos de governo, as pessoas, para que elas tenham essa consciência de segurança da informação. Tudo começa e termina no comportamento individual. O resto é ferramenta.

CD - Neste caso, porque o governo tem demorado tanto para implantar a certificação digital em todos os níveis de governo? Hoje me parece que, salvo a Receita Federal e o primeiro escalão, o governo não adota a certificação nos demais níveis funcionais. O que está faltando?

Jorge Félix - A certificação tem caminhado bem. Talvez não com a velocidade que nós gostaríamos, mas o ITI ( Instituto Nacional de Tecnologia da Informação) tem realizado um trabalho bastante intenso. Nós acompanhamos esse trabalho. Mas é muito dificil o governo sozinho fazer esse trabalho. Essas coisas têm um momento de amadurecimento e acho que estamos chegando nesse ponto de amadurecimento. Ao mesmo tempo em que o governo, num prazo bastante curto, vai começar a usar em todas as suas estruturas a certificação digital, a iniciativa privada, a começar pelos bancos, está num momento de aceleração dessa distribuição de certificados digitais. Às vezes, queremos dar saltos, mas o usuário ainda não está preparado para receber essa evolução. Me parece que estamos num momento em que esse salto já pode ser dado. É um momento bom de transição, de avaliação do que tem sido feito ao longo desses quatro anos e de estabelecimento de prioridades para os próximos quatro que virão. Eu não tenho dúvidas de que esta será uma das prioridades para 2007.

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