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Aos 5 anos, ICP-Brasil ainda enfrenta desafio da certificação digital no setor bancário

Publicado: Quinta, 07 de Dezembro de 2006, 15h50

CD Express | 28/11/2006

:: Jackeline Carvalho :: Convergência Digital :: 28/11/2006

A infra-estrutura de chaves públicas brasileira, fundamento da emissão de certificados digitais e assinaturas eletrônicas completa cinco anos de existência. Contabiliza grandes avanços e um desafio: fazer da certificação digital uma aplicação de massa no segmento bancário. Em entrevista exclusiva ao Convergência Digital, o presidente do ITI - Instituto Nacional de Tecnologia da Informação - órgão ligado à Casa Civil, faz um balanço deste qüinqüênio e identifica grandes avanços, entre eles o mega projeto de nota fiscal eletrônica, considerada a maior aplicação de certificação digital do País.Ele lembra também que o Governo Brasileiro investiu, nos últimos 5 anos, no desenvolvimento de uma Infra-Estrutura de Chaves Públicas (ICP) como forma de reduzir fraudes, promover a digitalização dos processos administrativos, jurídicos, bancários, dentre outros. Essa iniciativa possibilitou a proliferação da certificação digital no país. Acompanhe os principais trechos da nossa conversa:Convergência Digital: aos cinco anos de existência da ICP-Brasil, quais são os grande avanços da certificação digital no País?Renato Martini: iniciamos a operação da Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira no dia em 30 de novembro de 2001, quando foi gerado o certificado da AC-Raiz. Neste período de cinco anos foi desenvolvido um conjunto de aplicações que beneficiaram muito o País e que tem na certificação digital apenas o início.CD: Quantas aplicações existem hoje em operação no País? RM: Há cerca de uma dúzia de programas de extrema importância para a sociedade. Por exemplo, o Centro de Atendimento ao Cidadão e a nota fiscal eletrônica, que muda o custo do País. Este é um programa de de grande importância. Além disso, temos o contrato de câmbio, o Prouni - Programa Universidade para Todos, no qual a universidade assina o contrato com o Ministério da Educação e Cultura (MEC) pela Internet; e o Juro Zero, da Finep, que também veio na esteira do programa Prouni. Também o Poder Judiciário e o Tribunal Trabalhista avançaram muito utilizando os recursos de certificação digital.CD: A sensação que se tem é que o avanço foi mais rápido e em maior escala no setor público do que no setor privado. Isso é verdade? RM: Não o setor privado também avançou muito, o Governo é que ainda tem muito que avançar na área de contas públicas. A nota fiscal eletrônica é um projeto misto - governo e sociedade - que mexe com uma grande cadeia produtiva, com forte impacto na indústria de hardware e software brasileira, porque mexe também com a informatização das empresas, impacta na área de inteligência de negócios.CD: No setor bancário havia uma grande expectativa de que o e-CPF se estabelecesse rapidamente, mas isso não aconteceu. Por que?RM: O setor bancário terá que avançar mais no próximo. Faltou a este segmento encaixar um modelo de negócio. E enquanto não acontecer, ele não alavanca de jeito algum. É muita arrogância do governo achar que tem solução para um segmento, mas o e-CPF era uma esperança, só que o setor bancário não encontrou o modelo de negócio.É preciso identificar algo como fez o Banrisul, que encaixou a certificação digital no seu modelo de negócio. O Banrisul é um banco público que usa um cartão para múltiplas aplicações, um modelo que a Febraban não adotou. Mas acredito que o segmento bancário brasileiro também encontrará, com tempo, um modelo de negócio.CD: quando se dará a explosão de consumo da certificação digital no País?RM: se depender do governo federal, seguiremos um processo escalar. Não haverá um fenômeno, com a multiplicação das aplicações. A ICP-Brasil acompanhará as aplicações ganhando musculatura, crescendo de maneira escalar.

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