Passaporte traz dados seguros

18.07.2007
A mesma solução é utilizada no e-passport por alguns países, como Portugal, França e Inglaterra. O chip pode vir na capa do documento ou escondido na folha principal onde são impressos os dados. A vantagem do dispositivo na capa é que as máquinas que recortam e dobram a folha não precisam ser adaptadas. Dentro do chip são guardadas informações como endereço, a foto e características biométricas, (digitais ou a íris). ´´A tecnologia existe há quatro anos e 40 países já a utilizam no passaporte eletrônico. Dos 25 milhões de e-passports emitidos, 10 milhões foram fabricados pela Gemalto´´, afirma o vice-presidente da empresa para a América Latina, Arnaud Laurans. Em Cingapura, por exemplo, há cabines onde a pessoa entra e uma máquina faz a verificação biométrica da íris com os dados do chip. Nos Estados Unidos, usa-se a biometria da impressão digital dos dedos.

No Brasil, a expectativa é de que a tecnologia comece a ser adotada em passaportes em 2009. A adoção de uma carteira de motorista eletrônica em uma determinada unidade da federação, como ocorreu no México, não seria possível. A habilitação tem modelo único no Brasil e qualquer mudança teria extensão nacional. A fraude na carteira de motorista também não é um problema tão expressivo. ´´O governo federal precisaria mudar a lei e fazer um documento nacional de identidade´´, destaca Renato Martini, presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI).

Ele explica que o Brasil já tem pronta uma plataforma viável pela a identidade eletrônica por meio da certificação digital, que se tornará cada vez mais popular. O smart card também traz um chip embutido que garante a autencidade de quem o usa via web e sigilo das informações transmitidas. Desde 2001, quando o país criou a infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP-Brasil), que regulamenta a certificação digital, 600 mil documentos eletrônicos já foram emitidos. A identidade digital é utilizada hoje por contadores que precisam prestar contas, pela internet, ao fisco. Mas a Certisign, autoridadecertificadora privada, responsável por 90% das emissões de identidades digitais no Brasil, prevê a rápida proliferação do documento eletrônico, tanto que planeja para o segundo semestre curso on-line para explicar como usá-lo e quais as facilidades do seu uso no dia-a-dia.