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Quanto vale a sua identidade?

Publicado: Segunda, 03 de Dezembro de 2007, 12h40

29.10.2007 |  O ESTADO DO MARANHÃO (MA)  | Editoria: Opinião  | Assunto: 5° CertForum



Sua identidade contém suas informações pessoais, estas insubstituíveis e que possuem um valor incalculável. Cada um de nós possui, em cada parte de nosso corpo, uma maneira de sermos reconhecidos. Esta identificação está em nossas digitais, íris, arcada dentária e DNA; estes são os nossos dispositivos de segurança. Porém, como passar a mesma credibilidade para nossos documentos sem que estes sejam questionados sobre sua veracidade? Esta é a preocupação de diversas organizações, dos cidadãos e dos governos ao redor do mundo.

Para tentarmos chegar o mais perto possível de uma identificação segura algumas soluções estão disponíveis no mercado e a que mais atrai a atenção do setor de identificação é a tecnologia dos smart cards. Esses cartões inteligentes garantem mais segurança ao permitirem o armazenamento da assinatura digital e de características biométricas, além de combinarem segurança no acesso digital e físico.

Diminuir a distância entre governo e cidadão, ampliar a oferta de serviços para a população, aumentar a segurança nas fronteiras, facilitar a distribuição de benefícios e não ter a preocupação que seus documentos sejam falsificados são alguns dos principais objetivos da adoção de meios digitais de identificação. Com o modelo eletrônico é possível evitar fraudes, dar transparência a qualquer tipo de operação, monitorar veículos, entre outros benefícios.

Poder comprovar a identidade de uma pessoa através de um documento de identificação não é só uma preocupação do governo, empresas e das autoridades, mas muitas vezes do próprio cidadão, pois, pessoas mal intencionadas roubam documentos de identificação com a intenção de realizar algum tipo de fraude ou crime, no nome de outra pessoa, como pegar um financiamento ou fazer compras, por exemplo.

Vários países já utilizam, e outros estão no processo de implementar, documentos digitais seguros, os chamados smart cards ou cartões inteligentes, os quais armazenam características físicas, como a foto, e biológicas, como a impressão digital, para autenticação da identidade.

Poder comprovar a veracidade de documentos de identificação é importante, principalmente quando a comprovação da identidade está atrelada ao recebimento de benefícios sociais ou habilitação de direitos, como o de conduzir um determinado veículo, por exemplo, ou até na hora de descontar um cheque.

Prova disso, a Inglaterra, que possui uma população de 50,4 milhões de habitantes, estima-se que o custo de fraude de identidade para a economia britânica esteja em torno de 1,7 bilhões de libras esterlinas (R$ 7.6 bilhões) por ano, segundo estudo do Home Office Identity Fraud Steering Committee. No Brasil, estima-se que a falsificação das carteiras de identidade é responsável por 72% dos golpes nos bancos e comércios.

Pesquisas mostram que o uso de identidade digital (ID) pelo setor público na América Latina tende a crescer mais do que outras aplicações tradicionais de smart cards como telefonia e bancos, segundo dados da consultoria Frost & Sullivan. Na avaliação do instituto, o mercado de ID vai saltar de 1% em 2005 para 15% em 2011.

Diversos países já utilizam os benefícios destas aplicações. Nosso descobridor Portugal, por exemplo, adotou recentemente, após uma fase de testes em meados de 2006, a identidade eletrônica.

Utilizando o smart card a população passou a se beneficiar com uma tecnologia de identificação com elevados padrões de segurança e que respeitam as diretrizes nacionais e comunitárias sobre a proteção dos dados dos cidadãos.

Com a adoção desta tecnologia o governo substituiu a carteira de Identidade e os cartões do contribuinte, de segurança social, de saúde e, assim que a lei do sistema eleitoral for revista a idéia é que substitua também o título de eleitor.

Batizado como "Cartão do Cidadão" a identidade tornou-se um dos principais catalisadores da estratégia de modernização da administração pública do governo português, atendendo aos objetivos de simplificar, agregar, dar segurança e continuidade ao processo de evolução tecnológica que abrange o mundo.

Países como Bélgica, China, Hong-Kong, Japão, Estados Unidos, Arábia Saudita, El Salvador, França, México, Espanha, entre outros já aderiram aos documentos com chip para garantir a veracidade dos mesmos.

O Brasil é o país mais adiantado no que se refere à quantidade de aplicações de identificação digital no mundo virtual, criando um conjunto de normas conhecidas como ICP Brasil (Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileiras), que rege a certificação digital. Hoje, órgãos como a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo (IMESP) e a Receita Federal, utilizam a certificação digital para garantir a identidade dos cidadãos nas transações eletrônicas. Além da segurança oferecida, um dos motivos para que este tipo de operação seja realizado eletronicamente é a agilidade e a desburocratização na utilização dos serviços públicos.

É uma questão de tempo para que o Brasil também adote tecnologias mais seguras para a identificação física do cidadão, uma vez que, o país já mostrou ser líder em segurança no mundo virtual.Vice-presidente para o segmento de Governo da Gemalto na América Latina

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