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Laudo aponta secretário da Casa Civil como vazador de dados

Publicado: Terça, 14 de Agosto de 2012, 17h35

08.05.2008 | O GLOBO ONLINE | Editoria: Plantão | Assunto: ITIRIO DE JANEIRO (Reuters) - Laudo preliminar do Instituto de Tecnologia da Informação (ITI), que periciou os computadores da Casa Civil, aponta como responsável pelo vazamento de informações do governo Fernando Henrique Cardoso um secretário do ministério.As informações de gastos sigilosos do ex-presidente e de integrantes de seu governo teriam sido passadas em uma troca de e-mails entre José Aparecido Nunes Pires, secretário de controle interno da Casa Civil, e André Eduardo da Silva Fernandes, assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), disse reportagem do Jornal Nacional, que teve acesso ao laudo do ITI .Os peritos do ITI recuperaram do disco rígido de um dos computadores da Casa Civil e-mails que haviam sido excluídos.Segundo o Jornal Nacional, em 19 de fevereiro, às 12h30, aparece mensagem de André para José Aparecido, sem texto, que é respondida às 14h39 com um convite para almoçar.No dia 20 de fevereiro, às 8h39, André responde que ligará na quinta. Às 10h46, José Aparecido responde com a mensagem "André leia o texto". Segundo o laudo do ITI , este e-mail continha um arquivo anexo com 28 páginas, no qual estavam os gastos sigilosos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.O laudo do ITI foi entregue à comissão de sindicância da Casa Civil na terça-feira.José Aparecido Nunes Pires é funcionário do Tribunal de Contas da União (TCU) e foi indicado à Casa Civil pelo ex-ministro José Dirceu.José Aparecido confirmou ao Jornal Nacional a troca de e-mails com o assessor de Álvaro Dias, mas negou ter enviado os dados."Seguramente há troca de e-mails, mas de amigos que foram colegas de trabalho. Jamais teve qualquer coisa que pudesse beirar a ilegalidade", disse o funcionário da Casa Civil.Ao ser informado do teor do laudo, negou que houvesse documento anexado à mensagem, mas acabou admitindo a possibilidade."O texto anexado possivelmente era coisa de 10, 12 linhas, provavelmente de suprimento de fundos, colocando a legislação que rege a matéria", afirmou.José Aparecido ficou de entregar na terça-feira cópias dos e-mails trocados com André para provar que o anexo não continha as informações sigilosas, mas nesta quinta alegou que as cópias estão em Goiás e que só poderá apresentá-las na próxima semana.O senador Álvaro Dias disse que inicialmente não sabia quem tinha enviado informações a seu assessor, mas que agora sabe."As informações vieram do computador do Sr. José Aparecido, que trabalha na Casa Civil da Presidência da República. Informações vieram por e-mail do computador do sr. José Aparecido para computador do Senado federal", disse o senador ao Jornal Nacional.Álvaro Dias evitou dizer o nome do funcionário de seu gabinete, mas confirmou que se trata dele."O nome que a Globo tem eu confirmo e ele me autorizou a confirmar."O senador tucano, que já fora apontado por governistas como responsável pelo vazamento das informações à imprensa, disse que não imagina porque as informações chegaram as suas mãos."Certamente houve atravessamento, não era hora de vazar esse dossiê, não era isso que estava estabelecido por quem ordenou. O mais importante agora é saber quem mandou fazer esse dossiê e por que mandou fazer", disse Álvaro DiasA ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff não quis falar sobre o assunto e disse que vai aguardar a investigação da Polícia Federal. A Justiça autorizou nessa quinta-feira a prorrogação por mais 60 dias do inquérito que apura o vazamento dos dados.

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